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E bem eu prefiro o Lecador, mas. . .

Dar aula sábado é difícil, a tarde é um sacrifício, mas os meus alunos apesar dos pesares são sem dúvida corajosos em vir.

Adoro dias de chuva, durante toda minha vida morei em janelas que ficavam infinitamente mais bonitas sobre a chuva. Água limpando a poeira e chacoalhando as idéias. Meus pensamentos sempre ali. Me atormentando. Dias de chuva em uma cidade que não é minha, que não me sinto parte. Uma vida que as vezes não parece a minha.

A justiça precisa de seus sacerdotes, e eu? De que preciso?

– Faz o quatro, Diego Hypólito! Roubei o mote de um amigo meu. E acrescentei prontamente: o que a queda de Diego Hypólito tem a ver com nossa queda para o roubo? Qual é o ponto em comum entre a poltronice de nossos atletas e a poltronice dos brasileiros em geral? Como o fracasso de nossos esportistas se relaciona com nosso fracasso como país? É o que analisarei a partir de agora, postado na frente do computador, com minha malha elástica dégradée, dando uma rápida pirueta antropológica, seguida por dois parafusos sociológicos e meia dúzia de cambalhotas etnológicas, com grande probabilidade de repetir o feito de Diego Hypólito e aterrissar bisonhamente com o traseiro no tablado. – Faz o quatro, Diogo Mainardi! Quem leu a última VEJA pode tentar acompanhar meus volteios. A reportagem apresenta dois dados. O primeiro repete aquilo que já sabíamos: temos os estudantes mais analfabetos do planeta. Ninguém compete conosco em matéria de analfabetismo. Somos mais analfabetos do que todos os ou...

Em situações como essa que coisas incríves acontecem. Estou muito feliz em poder participar de forma tão simples e ao mesmo tempo inusitada.