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A celebração da liberdade - Crítica de HAIR

Uma tribo de Hippies protestando  contra a guerra do Vietnã. Falando dessa maneira até dá a impressão de que o enredo de Hair é antiquado e não tem nada a ver com a realidade brasileira do século XXI... Mas narrar a história de pessoas livres de preconceitos, com objetivo de alcançar a felicidade, lutando pelas liberdades individuais e da coletividade se mostra pertinente em qualquer país, independente da época. Essa segunda opção parecer ter sido a espinha dorsal  da encenação para o texto de Gerome Ragni e James Prado, exibido pela primeira vez em 1967, e que agora chega aos palcos cariocas pelas mãos da dupla Charles Möeller e Claudio Botelho. A atual montagem começou a gerar repercussão antes mesmo de entrar em cartaz.  A produção parece ter resolvido assumir que Hair não é apenas uma peça de teatro, mas sim um forte produto da indústria do entretenimento.  Desde audições com clima de “reality show”, passando pela preparação dos atores  até a vend...

Câncer induzido por radiações ionizantes

Ao começarmos a falar de Câncer induzido pela radiação, é interessante entender como as partículas radioativas interagem com a matéria e quais efeitos provocam, para isso precisamos estabelecer diferenças entre os tipos de radiação. Na verdade o que chamamos de radiação? Radiação seria um meio de condução/propagação de energia na forma de ondas ou partículas. Existem vários tipos de radiação com a qual lhe damos todo dia, por exemplo as radiações cósmicas vindas do espaço, a radiação em forma de micro-ondas de calor usadas um aparelhos de cozinha, radiação solar, etc. Essas partículas ou ondas podem ser divididas pela maneira com a qual interagem com a matéria, podendo ser agrupadas em dois grandes grupos: radiações ionizantes e radiações não ionizantes, ou seja, interagem com a matéria arrancando prótons ou elétrons a tornando ionizadas, ou interagem com a matéria excitando-as, respectivamente. Além do que as ionizantes interagem com a matéria de uma forma "geral", pois são ...

O Cortiço Por Aluísio de Azevedo

Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo(1857-1913) foi um escritor, jornalista, caricaturista e diplomata brasileiro, nascido em São Luís do Maranhão. Com talento para pintura desde pequeno, a ela se dedicou, entrando na Academia Imperial de Belas Artes no Rio de Janeiro. Posteriormente, percebendo que o desenho não era sua vocação, embrenhou-se no terreno literário, inicialmente com Uma Lágrima de Mulher, de caráter romântico. Com seu amadurecimento literário, foi entrando em contato com a expoente corrente realista/naturalista européia, com obras de Eça de Queiroz e Émile Zola . Deste contato, nasceu O mulato e obras posteriores, sendo uma delas tida como sua obra máxima, O Cortiço.

Germinal de Émile Zola

Émile Édouard Charles Antoine Zola(1840-1902) foi um escritor francês. Contemporâneo à Segunda Revolução Industrial, Zola passou a sua fase adulta num ambiente onde o ciência era supervalorizada, causando um entrosamento entre ela e o pensamento político e social, seja no positivismo filosófico,- um sistema altamente disciplinado e empírico- no darwinismo social,-crença na superioridade de certas etnias- no materialismo- e nos sistemas decorrentes deles como o socialismo- e no determinismo científico- crença de que o caráter dos seres humanos é determinado pela sua hereditariedade ou a seu meio-.Influenciado por essas correntes, Zola funda o naturalismo na obra Thérèse Raquin, em que inicia um posicionamento-o romance de tese-que posteriormente escreve no tratado Romance Experimental , segundo o qual o escritor tem que se posicionar de maneira impessoal e objetiva, tal qual um cientista, e que a premissa do livro deve ser exposta como num experimento científico. Um exemplo claro d...

A mãe de todas as Crises

Peter Schiff  é presidente e estrategista-chefe da corretora Euro Pacific Capital Inc., com sede em Westport, Connecticut, mas ficou conhecido devido  as suas previsões sobre o colapso das chamadas “.COM” em 2000 e principalmente pela série de entrevistas e livros feitos ao longo de 2006 prevendo um novo colapso, dessa vez na então próspero segmento imobiliário americano. Com os acontecimentos de final de 2008 e 2009, seus vídeos com previsões sobre o estouro da bolha imobiliária americana foram recuperados e postados no youtube e se tornaram coqueluche na rede.

Democracia: Francesa ou Anglo-saxão

Vou republicar aqui um texto do site: ionline , sobre algumas diferenças entre a democracia nascida das revoluções populares europeias e americanas. por João Carlos Espada   Os nossos manuais escolares atribuem a origem das democracias ocidentais à Revolução Francesa de 1789. É frequente ouvir essa referência em debates públicos. No entanto, ela não é exacta. Em primeiro lugar, porque antes da Revolução Francesa ocorrera a Revolução Americana de 1776 e a Revolução Inglesa de 1688. Em segundo lugar, porque as democracias mais antigas e duradouras inspiraram-se na experiência americana e inglesa, não na francesa. Em terceiro lugar, porque o modelo francês inspirou sobretudo experiências radicais não propriamente democráticas: o republicanismo radical da América Latina e da I República portuguesa (1910-1926), bem como a revolução soviética de 1917.