Noite

  • on 14/04/2008
  • Observo-te!... Teu campo, teu domínio
    Tua grandeza, tua proporção
    Causa em mim, um tal fascínio
    Que me entrego à contemplação...

    Um oceano negro, salpicado
    Reluzindo um brilho desigual
    Em cada ponto teu, que é prateado
    Há uma incerteza natural

    Envolve a Terra com simplicidade
    Interfere no comando da razão
    Negas ao mundo tua claridade
    Pois teu segredo, habita a escuridão

    Os astros, súditos de teu reinado
    São carícias, em teu revolto manto
    Inspiram mistérios velados
    Que chagam a causar-me espanto...

    Sugere sempre o desconhecido
    Incita toda a sensibilidade
    Dominas o rumo de quem foi vencido
    Pela fraqueza da curiosidade...

    Causa-me inquietação
    Quase um medo de te conhecer
    Receio tua força, tua solidão
    Quando te afastas ao amanhecer...

    Céu... Infinito... Paraíso!
    Quem sabe o que és realmente
    Permaneces num ato conciso
    Acolhendo este planeta incoerente...

    Meus olhos brilham ao observar-te
    Porto de almas infantis!
    Meu coração deseja revelar-te
    O quanto na verdade, me fazes feliz...

    Cill
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