O Grande Gatsby de F. Scott Fitzgerald

  • on 05/09/2009
  •  Francis Scott Fitzgerald(1896-1940) foi um escritor americano e um dos maiores representantes da literatura estadunidense na época do entre guerras. A vida pessoal de Fitzgerald foi turbulenta, marcada por festas e excessos(fato evidente na sua obra, pois tinha uma gramática e conhecimento geográficos que deixavam a desejar, além de escrever sempre apertado pelos prazos). Sua geração, conhecida como geração perdida, se chocava de frente com os valores conservadores presentes nos Estados Unidos no período. Grandes bailes, embriaguez(tanto pelo álcool, proibido pela Lei Seca, quanto pela opulência), liberalidade e o boom econômico que precedeu o Crash da Bolsa de Nova York de 1929. Esse é o retrato que nos passa Fitzgerald da sua Era do Jazz, nome dado por ele.


    O maior mérito do autor é ilustrar essa época por O Grande Gatsby. Este trata da história de Jay Gatsby, jovem soldado que enriquece pelo comércio ilegal de bebidas para tentar conquistar o amor de Daisy, antigo amor de sua adolescência que o trocou por Tom Buchanan, homem rico, porém insensível. Pela obra, o autor vai nos mostrando a sociedade glamorosas da época, usando o dinheiro como fuga da realidade. O escritor se via fascinado por essa futilidade, atuando com imparcialidade por meio de Nick Carraway, narrador atuante na história.

    Trecho do livro:

    “[…]Comecei a gostar de Nova York, a sensação estimulante e aventureira da cidade à noite e o prazer que a vibração constante de homens, mulheres e máquinas oferecem ao olho irrequieto. Gostava de caminhar pela Quinta Avenida e escolher mulheres românticas na multidão e imaginar que em poucos minutos eu ia entrar em suas vidas e ninguém jamais saberia ou reprovaria. Às vezes, no meu pensamento, eu as seguia até seus apartamentos nas esquinas de ruas ocultas e elas se viravam e sorriam para mim antes de desaparecer por uma porta na cálida escuridão. Na encantada penumbra metropolitana eu sentia às vezes uma solidão obsedante, e a sentia em outros- funcionário jovens e pobres que flanavam diante das vitrines até que chegasse a hora de jantarem sozinhos num restaurante-  jovens funcionários no crepúsculo, desperdiçando os momentos mais pungentes da noite e da vida.

    De novo, às oito horas, quando as ruas palpitavam com táxis emparelhados em cinco pistas a caminhada região dos teatros, eu sentia o coração afundar. Figuras se inclinavam uma paras as outras nos táxis enquanto esperavam, vozes cantavam e havia risadas de gracejos não escutados, e cigarros acesos contornavam gestos ininteligíveis dentro dos carros.[…]”

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