O Livro das Religiões de Gaarder, Hellern e Notaker

  • on 09/01/2010
  • Jostein Gaarder(1952-) é um escritor, professor e filosófo norueguês. Alcançou renome mundial com O Mundo de Sofia, seu livro mais famoso.
    Victor Hellern é um professor e teologo norueguês, já escreveu vários livros sobre religião.
    Henry Notaker é um jornalista norueguês, especializado em cultura e política exterior.(Peço desculpas pela falta de informação, principalmente foto, de Notaker e Hellern, mas o material sobre eles é muito excasso, inclusive no próprio livro). Esses autores se reuniram com uma proposta, analisar os diversos tipos de crença no mundo, analisando sua evolução histórica, seus preceitos e sua difusão para conseguir criar um “guia das religiões” que fugisse do mecanicismo que eles mesmo ressaltam existir no estudo teológico.


    Bom o livro é iniciado com uma pequena introdução sobre a proposta do livro e sobre conceitos básicos de qualquer religião ou crença, depois parte para a análise das religiões orientais e segue: religiões tribais africanas, judaísmo, islamismo, cristianismo, para posteriormente passar a três partes que a primeira vista são completamente dispensáveis, mas que não poderiam faltar num estudo mais sério sobre o assunto: as filosofias de vida independente da existência de um deus(humanismo, marxismo, ateísmo e materialismo), o surgimento dos cultos New Age(Hare Krishna, ocultismo, ufologia, os moonies) e um apêndice, elaborado pelo professor brasileiro Antônio Flávio Pierucci, que trata da religiosidade brasileira, com algumas expressões(umbanda, kardecismo, sincretismo religioso.)
     A proposta de abordar as religiões de maneira mais abrangente e sem entrar(muito) no mérito do carater necessário ou  não da religião é bem vinda. As constantes comparações feitas entre as crenças derivadas de Abrãao(cristã, judaíca e islâmica) nos ajuda a compreender melhor a história ocidental. As entre essas com as orientais, a história mundial. Apenas três pequenas ressalvas: tudo bem que o cristianismo tinha que ocupar maior espaço que as outras, por ser a religião mais numerosa, mas a diferença na quantidade de informação sobre os cultos cristãos em detrimento das outras religiões somadas é abusivo. Outra coisa, aquele capítulo sobre ética e moral era dispensável. Por fim, poderiam ter colocado uma divisão para as religiões orientais e para as outras duas grandes ocidentais como fizeram com o cristianismo(que aliás, ficou muito bem separadas, definidas e organizadas) até porque o livro, para um guia, não ficou muito grande.
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