Muros e Grades

  • on 07/07/2007
  • Nas grandes cidades, no pequeno dia-a-dia
    O medo nos leva tudo, sobretudo a fantasia
    Então erguemos muros que nos dão a garantia
    De que morreremos cheios de uma vida tão vazia

    Nas grandes cidades de um país tão violento
    Os muros e as grades nos protegem de quase tudo
    Mas o quase tudo quase sempre é quase nada
    E nada nos protege de uma vida sem sentido

    Um dia super, uma noite super, uma vida superficial
    Entre as sombras , entre as sobras da nossa escassez
    Um dia super, uma noite super, uma vida superficial
    Entre cobras, entre escombros da nossa solidez

    Nas grandes cidades de um país tão irreal
    Os muros e as grades nos protegem de nosso próprio mal
    Levamos uma vida que não nos leva a nada
    Levamos muito tempo pra descobrir
    Que não é por aí... não é por nada não
    Não, não pode ser... é claro que não é, será?

    Meninos de rua, delírios de ruínas
    Violência nua e crua, verdade clandestina
    Delírios de ruína, delitos e delícias
    A violência travestida faz seu trottoir
    Em armas de brinquedo, medo de brincar
    Em anúncios luminosos, lâminas de barbear

    (solidez)

    Viver assim é um absurdo como outro qualquer
    Como tentar o suicídio ou amar uma mulher
    Viver assim é um absurdo como outro qualquer
    Como lutar pelo poder
    Lutar como puder

    Engenheiros do Hawaii

    Composição: Humberto Gessinger - Augusto Licks
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